exposições - projetos - reportagens - crônicas - traduções

sábado, setembro 12, 2009

CAPOEIRA

A luta que se cria é da arte
A luta que se tem é da vida

Quase 60 anos após ser legalmente liberada no Brasil, a capoeira ganha o status de "ícone da representatividade do país perante os demais povos" e os capoeiristas que hoje vivem e trabalham no exterior passam a ser considerados "verdadeiros embaixadores da Cultura Brasileira". Pelo menos é o que salientou o ministro da Cultura, Gilberto Gil, ao lançar em Genebra no dia 19 de agosto as bases do Programa Nacional e Mundial da Capoeira. Nas palavras de Gil, a capoeira simboliza resistência cultural e fraternidade social, já é praticada em mais de 150 países e está entre "as grandes contribuições do Brasil ao mundo".

A intenção do Ministério da Cultura é elaborar um programa de modo participativo, com base nas demandas e necessidades dos capoeiras no Brasil e no exterior. No entanto, algumas propostas já foram esboçadas, entre elas a criação de um Centro de Referência em Salvador, a implementação da capoeira como prática desportiva e cultural nas escolas, uma previdência específica para os capoeiristas, a criação de editais que fomentem projetos nos quais a capoeira funcione como instrumento de cidadania e inclusão social, um calendário anual de eventos nacionais e internacionais e, por fim, o apoio diplomático aos capoeiristas fora do Brasil.

No intento de reunir e divulgar a demanda dos capoeiristas no exterior, com ênfase nos países germânicos, a Brazine realizou uma entrevista coletiva em Berlim no dia 5 de setembro, com a presença de vários mestres, instrutores e alunos. As perguntas foram enviadas também pela internet, e o debate contou com a participação de muitos outros representantes da capoeira no mundo.

Calcula-se que, somente na Alemanha, Áustria e Suíça, no mínimo 50 grupos desenvolvam a capoeira seriamente, sendo que a oferta de aulas, academias, workshops, encontros internacionais e shows é cada vez maior. "A capoeira é vista de forma bastante positiva nestes países", garante Léo Gonçalves, mestre da academia Capitães de Areia em Berlim. "Para eles é fascinante a plasticidade e a beleza dos movimentos, o ritmo, a música, o canto, a magia e o misticismo", afirma.

Naturalmente, o comentário de Gonçalves encontra eco em vários depoimentos. De Colônia, Rivair Maciel Paulino, do Grupo Alvorada, assegura que "aqui a Capoeira é amada, admirada e respeitada, às vezes mais do que no Brasil". A alemã Susy Österreicher, contramestre e uma das líderes da academia Jangada, sediada em Berlim, reafirma: "A Capoeira foi aceita com muito carinho e respeito por aqui". A proliferação das ofertas com Capoeira e as opiniões de quem pratica não deixam dúvida: nos países germânicos, a "atitude brasileira que reconhece a história escrita pelo corpo" pode se sentir em casa. Mas como vem se desenvolvendo o trabalho dos grupos de capoeira nestes países? O que acham os capoeiristas que vivem na Alemanha, na Áustria e na Suíça sobre o programa de fomento do Ministério da Cultura?

Demora histórica - Mestre Léo Gonçalves chegou na capital alemã em 1986 e, ao longo destes anos, tem trabalhado com a capoeira sem nunca haver recebido qualquer apoio governamental. "Já realizei 13 batizados e 5 festivais na Alemanha e há 10 anos participo com meu grupo do Carnaval das Culturas de Berlim", comenta. "Nunca recebemos a ajuda de nenhuma entidade brasileira, mesmo assim todo ano é um sucesso. Acho que os mestres de capoeira pelo mundo estão à serviço de seus alunos e são verdadeiros super-homens, realizando e divulgando eventos, fazendo shows beneficentes em toda parte, incentivando a cultura afro-brasileira", acrescenta. A princípio, as iniciativas "oficiais" de apoio à capoeira no Brasil e o incentivo cultural de embaixadas a capoeiristas no exterior geram um clima de pessimismo. "Acho essa idéia do Programa pura propaganda", afirma Daniel Barbosa, professor do Grupo Berimbau na grande Frankfurt. "Os capoeristas são, na sua maioria, gente simples que já sofreu muito com politicagem. Foi após um desses 'programas' que se passou a exigir de todo capoeirista um diploma em Educação Física para se profissionalizar. Isto (programa governamental) não traz benefícios, só impõe novas cobranças", argumenta. Se a vida de capoeirista no Brasil já é complicada, no exterior outras dificuldades aparecem. Por isso, todo apoio é bem-vindo. "Temos sempre que dar um jeito para manter uma conexão constante com o Brasil", insiste o mestre Laércio dos Anjos Borges (Grupo Filhos de Angola), que vive na Alemanha desde 1993 e é um dos fundadores da Associação Brasileira de Capoeira Angola.

Ensinando capoeira em Hamburgo, o mestre Watutsi sugere que, em primeiro lugar, o Ministério da Cultura defina e esclareça quais as possibilidades reais deste "apoio diplomático" aos capoeiristas no estrangeiro. "A partir daí será possível colocar nossas necessidades", disse. "Na verdade, há uma série de pontos em que precisamos de apoio. Mas já que os consulados e embaixadas estão sendo credenciados, autorizados ou solicitados a nos ajudar, a nos apoiar, a nos incentivar e a nos reconhecer, então que o façam, que venham e escutem a gente", falou.

A legalização dos profissionais em capoeira fora do Brasil também foi uma questão levantada durante o encontro em Berlim. Nativa, do Grupo Abadá, supõe ser importante um esforço político no sentido de se conseguir vistos específicos a capoeiristas que pretendam trabalhar legalmente fora do país transmitindo a cultura afro-brasileira. Carlinha Viana, uma das responsáveis pelo funcionamento do Angola Mãe, um grupo em Colônia, lembra que esta legalização ajudaria todos os capoeiristas a conquistar direitos básicos como aposentadoria e seguro de saúde. "Todo trabalhador na área de educação, bem ou mal, tem estes direitos", disse. Mas a capoeira deve ser considerada apenas um esporte?

Discussões internas - Averiguar as demandas da capoeira na Alemanha, na Áustria e na Suíça traz à tona detalhes de como a comunidade capoeirista local se auto-avalia e se organiza, e como os grupos de tais países cooperam entre si. Debater o assunto pode ser importante porque, organizada, tal comunidade fortalece sua atuação sócio-cultural e amplia suas chances de receber investimentos.

De primeira, porém, Léo Gonçalves assume que "aqui (na Europa) cada grupo desenvolve o seu trabalho separadamente e defende o seu terreiro. Existem vários quilombos nestes países e cada um segue a filosofia do seu grupo e de seus mestres". No entanto, Saulo Gomes, mestre pelo Grupo I.U.N.A. (Irmãos Unidos das Nações Africanas), garante que "apesar de serem várias comunidades capoeiristas, e não apenas uma, há uma boa relação. Os atritos ocorrem não porque somos capoeiristas, mas porque somos seres humanos, e isso acontece em qualquer área. Mas a maioria, na verdade, está disposta a cooperar". Carlinha Viana, de Colônia, acrescenta ainda que, como em qualquer outra comunidade, "há os grupos isolados, os participativos, os ofensivos, os críticos e os dissimulados".

De fato, a cooperação poderia funcionar melhor entre os grupos de capoeira. Mas como? É uma boa pergunta. Não será o governo, senão eles, os próprios capoeiristas, que irão ter que decidir e resolver isso. "A capoeira precisa de um fortalecimento. Podemos usar um pouco o racionalismo da cultura européia, mas não devemos introjetar esta idéia de uma organização de fora para dentro", pontuou a ex-capoeirista Sandra Bello, "a capoeira já está organizada. Os capoeiristas a organizaram". Watutsi opinou a favor de uma comissão ou um regulamento para coordenar e direcionar melhor o trabalho dos grupos no exterior, dizendo ser "algo necessário e emergente no momento", mas admite que fazer isso numa esfera mundial é tarefa muito complexa. O professor Rivair, que pretende realizar em 2005 o 1° Encontro Internacional de Capoeira de Colônia, também concorda com uma espécie de regulamentação. "Acredito que isto ajudaria a melhorar a qualidade dos trabalhos, unindo emo Grupo Artes das Gerais, de Berlim, acha que "a capoeira é livre e não precisa de controle", mas afirma que "é preciso tomar como exemplo e retransmitir as iniciativas bem sucedidas de pessoas que conhecem a rotina do ensino da capoeira aos estrangeiros". A idéia lançada por Sydney Martins, conhecido como Mestre Fumaça, encerrou o encontro em Berlim deixando as portas abertas para mais discussões. Mestre Fumaça sugeriu a criação de um conselho regional, "com as pessoas que estão desenvolvendo trabalhos com a capoeira há mais tempo, que sabem das necessidades do lugar e das pessoas”. Ele deixou um recado a todos os capoeiristas: “A gente precisa se organizar melhor e ter representantes de várias cidades. Não temos que esperar que isso venha de fora, temos nós mesmos de agilizar isso antes que seja tarde."
---ooo00O00ooo---
A partir do século XVI, os colonizadores portugueses começaram a trazer negros para trabalhar como escravos no Brasil. Bahia, Pernambuco e Rio de Janeiro foram os principais destinos de mais de 2 milhões de pessoas escravizadas. Pesquisadores e capoeiristas divergem quanto à origem da capoeira: há aqueles que acreditam que os negros a trouxeram da África e aqueles que acham que os escravos a criaram no Brasil. Alguns estudiosos apontam os quilombos (onde viviam os escravos que se rebelavam e fugiam) como o berço da capoeira. Segundo esta corrente, os negros desenvolveram uma série de movimentos para se defender. Os escravos cativos eram ensinados por aqueles que haviam sido recapturados. Para disfarçar que aprendiam a lutar, os negros juntaram aos golpes a música e a ginga, procurando dar a impressão aos senhores de engenho de que estavam apenas dançando. Com o tempo, a capoeira se espalhou. Em 1891, cerca de três anos após a Abolição da Escravidão no Brasil, a prática da capoeira foi proibida no país por conta de arruaças supostamente realizadas por capoeiras. Durante décadas, disseminaram-se idéias de que a luta era marginal e delinqüente. Em 1930, com a apresentação oficial de Manuel dos Reis Machado (o Mestre Bimba) e seus alunos às autoridades baianas, a capoeira começava a sair da clandestinidade. Em 1945, o presidente Getúlio Vargas liberou a prática da capoeira no Brasil através de um Decreto de Lei. Atualmente, a capoeira é praticada em todas as idades e por todas as raças e camadas sociais no Brasil e exterior, ganhando cada vez mais notoriedade e importância mundiais.
---ooo00O00ooo---
Muita gente pensa que a capoeira caracteriza-se apenas por uma roda, alguns movimentos, som de pandeiro e berimbau, e roupas típicas, geralmente brancas. No entanto, quem conhece ou estuda essa atividade sabe que a capoeira tem estilos diferentes. Os dois estilos mais conhecidos são a Capoeira Angola (a tradicional, com mais de 400 anos de história, cujo grande ícone é o Mestre Pastinha) e a Capoeira Regional (criada por Mestre Bimba na década de 30). É interessante notar, contudo, uma denominação surgida durante as últimas décadas - "Capoeira Contemporânea" - para agregar todas as correntes capoeiristas que tenham menos de 50anos e se diferenciem de alguma forma dos dois grandes estilos citados acima. É Contemporânea a capoeira misturada com outras lutas (como o boxe), a capoeira misturada com outras danças (como o break), a Hidro-Capoeira, a Soma-Capoeira, a Capoeira-Show e todas as demais, exceto as "puramente" Angola e Regional.

Os trajes da Capoeira Angola levam as cores amarelo e preto, e seus praticantes (mestres, contramestres e discípulos) estão geralmente ligados ao candomblé, religião afro-brasileira. Muitos capoeiristas ainda consideram a Angola uma capoeira jogada mais lentamente, menos agressiva e com golpes mais rasteiros, com maior utilização do apoio das mãos no chão. Já a Capoeira Regional adotou os cordéis coloridos (para diferenciar as várias graduações que um capoeirista pode ter até chegar a ser mestre), a cor branca para os trajes de jogo, um sistema de ensino mais rigoroso, além de elementos de lutas marciais como o judô e o karatê. Conseqüentemente, muitos acham que a Regional é uma prática mais moderna, mais esportiva, de movimentação mais rápida e "golpes" mais acrobáticos - reivindicando inclusive que ela se torne um esporte olímpico. "Os angoleiros agregam cultura, filosofia e religião à capoeira. Os regionais levam a atividade mais como esporte e diversão", disse em palestra na Universidade de Brasília Rosângela Costa de Araújo, contramestre, professora da Universidade de São Paulo (USP) e presidente do Instituto Nzinga de Estudos da Capoeira Angola e de Tradições Educativas Banto no Brasil (Incab). "A nossa filosofia não contradiz a da capoeira tradicional, mas procuramos ser os mais simples possíveis", afirma Saulo Gomes, mestre em Regional pelo Grupo I.U.N.A., que foi fundado no Rio de Janeiro em 1974 e tem hoje ramificações na Alemanha, na Espanha e na Itália.

Para mostrar que a Capoeira Angola e a Capoeira Regional estão fortemente impregnadas de conteúdo histórico e fazem parte de um mesmo universo cultural, não se excluindo mas se completando, Mestre Saulo (Regional) e Mestre Laércio (Angola) - ambas figuras respeitadas entre os capoeiristas na Alemanha - jogaram capoeira para a Brazine.
---ooo00O00ooo---
Como a questão de gênero é vista na capoeira? Várias mulheres, como a contramestre Janja Araújo (que realiza entre 22 e 24 de outubro um workshop com o Grupo Filhos de Angola em Berlim) e Gildete Simon dos Santos, única professora do Grupo Topázio (de Berlim), apontam a discriminação e o machismo na cultura da capoeira. Isto se confirma, ainda que indiretamente, por Watutsi durante a entrevista coletiva em Berlim. O mestre de Hamburgo citou o exemplo de uma capoeirista de nome Maria Homem, que conheceu quando criança. "Ela dava um nó na saia e jogava capoeira nas rodas, mas apenas dois mestres aceitavam jogar com ela", e admitiu, "aqui na Europa há muitas mulheres interessadas e eu também tive que aprender a lidar com isso". Há aqueles que vêem o preconceito de gênero na capoeira com naturalidade, apontando as diferentes condições físicas como motivo para um tratamento diversificado. "Homem é homem, mulher é mulher", disse Saulo, "como eu vou dar uma rasteira numa menina? Meu coração não permite". "Acho que é normal porque sou feminina e tenho um outro condicionamento físico”, disse a capoeirista Genilda Gomes. E há também aqueles que falam em igualdade: “Meu mestre sempre nos dizia que na roda de capoeira é como no candomblé: lá fora existe uma sociedade, aqui dentro existe outra. Caiu, vai ter que cair também. Cair e levantar”, diz Sandra Bello. Na opinião de Léo Gonçalves, "a mulher está conquistando o seu espaço na capoeira, mas tem que lutar muito mais do que o homem". Lutar sobretudo para que os homens (brasileiros) compreendam que, no século XXI, a mulher também pode fazer e ensinar capoeira.
---ooo00O00ooo---
Na opinião geral dos capoeiristas, a criança é uma das maiores beneficiadas com a prática da capoeira. Além de desenvolver coordenação motora, flexibilidade, postura e fortalecimento muscular, a criança aprende com a capoeira a ter disciplina, a ampliar a comunicação, a ter espírito de grupo, a fazer teatro, dança e música. "A capoeira é muito educativa. As crianças aprendem a jogar com as outras e não contra as outras", explica Sidney Martins enquanto alerta para a pedagogia especial do ensino infantil, que exige prudência, habilidade e paciência. Gildete, que também dá aulas em escolas de Berlim, lembra que "no Brasil, a capoeira resgata crianças das ruas, dos crimes e das drogas". Léo Gonçalves aponta o trabalho junto a menores portadores de deficiência física ou mental: "A força que a capoeira dá para essas crianças é enorme e o resultado é muito positivo. A capoeira oferece a auto-estima que toda criança necessita para se sentir dentro de uma família".
---ooo00O00ooo---
Como qualquer outro aspecto da globalização, este fenômeno de transferência cultural - o da capoeira conquistando o mundo - traz consigo lados positivos e negativos. "Não tenho nada contra o fato de a capoeira se tornar mais um produto de exportação do Brasil, como samba e mulher bonita", afirmou Daniel Barbosa, de Frankfurt. "A exportação da cultura é sempre um ganho para todos", concordou a capoeirista Gildete Simon dos Santos. É evidente que a capoeira gera renda, ainda mais em países onde ela está sendo difundida e bem recebida há anos. Mas a má qualificação no mercado é uma clara preocupação ligada ao crescimento desenfreado da capoeira. Mestre Léo Gonçalves escreveu "hoje a capoeira é bastante comercial e no futuro será mais ainda. Existem muitos brasileiros que, após um vôo, se tornam mestres de capoeira na Europa. Há também os gringos que não têm capacidade de ensinar e estão ensinando o que não sabem. Só visam o lado financeiro, desrespeitam as regras, não têm responsabilidade e nem compromisso com a capoeira". Segundo Gonçalves, um posicionamento consciente e maduro do capoeirista, com respeito a algumas tradições, é indispensável: “A maior responsabilidade do capoeirista é a de ser um grande educador e ter plena consciência da cultura afro-brasileira”. Afinal o exótico atrai somente enquanto mantém seu sentido original, e o sentido original da capoeira não tem preço nem dinheiro que compre.

"Eu nunca li nos livros o que escutava dos meus familiares mais idosos, ou seja, dos pais-de-santo e mestres que ainda tiveram a oportunidade de aprender capoeira com os escravos."
George Watutsi

"Todo capoeirista deve aprender ouvindo e respeitando muito seu mestre ou seu professor. O caminho até ser mestre é longo, significa experiência, paciência e muita sabedoria."
Rivair Maciel Paulino

"A formação na capoeira vem com o sentimento, com o envolvimento. É como na pintura: um pintor chega a ser mestre só depois de pintar muito na vida. O caminho acontece naturalmente, quando alguém é bom na capoeira, os outros mestres e a comunidade levam ele a se tornar um mestre."
Laércio dos Anjos Borges

"A capoeira está aberta a todos porque qualquer forma de exclusão e de segregação não faz parte da mentalidade de quem faz esse trabalho."
Sydney Martins

"Acho que na filosofia da capoeira não tem isso de não ‘ser para mulher’. Acho que as diferenças têm a ver com o codicionamento físico. Quando o homem é menor do que eu, eu também não pego ele."
Anja Wurth

"Conheço professores alemães de capoeira com idéias totalmente distintas de brasileiros. É díficil você encontrar um instrutor brasileiro que respeite alguém com mais de 35 anos que queira fazer capoeira, enquanto os instrutores alemães, pelo menos alguns que eu conheço, aceitam e consideram inclusive essas pessoas como o seu público-alvo”.
Daniel Barbosa

“A capoeira não tem nada a perder. Fora do Brasil os capoeiristas já plantaram sua realidade. Em país de 1º mundo a capoeira vai seguir seu curso, indiferente daquilo que o Brasil queira dizer."
Jerônimo (Austrália)

"A capoeira não pode perder a malandragem, a mandinga, a malícia. É uma arte completa, não pode ser transformada. A capoeira é a linguagem do corpo para o povo, a própria expressão de liberdade que todos precisam para viver neste planeta."
Léo Gonçalves

“A Capoeira não pode perder suas raízes.”
Susanne Österreicher

**************************************

CRÉDITOS:

(reportagem)
Angelita Kasper
Bianca Donatangelo
Birgit Hoherz
Christina Litran

Arquivo do blog

berlin, Germany
angelita kasper was born 1977 in três passos, brazil. she studied social communication - journalism at the universidade federal do rio grande do sul in porto alegre, brazil. yet in the nineties, angelita worked as freelance journalist, photographer and artist. since 2002 she lives in berlin and took part in several local art-projects and exhibitions.